sábado, 14 de agosto de 2010

sabbath-freaks-caipirasdoinferno

Ouvi o Paranoid (do Black Sabbath) pela pimeira vez na casa de um chapa, o primeiro guitarrista da Macabra.


Nessa época a gente ainda era meio moleque-adolescente. Tempos em que você ouve os seus sons, da sua época, e ouve também as coisas que seus irmãos, ou seus primos, ou seus pais ouvem.

Não sei quantos irmãos vocês têm, mas eu tenho cinco – logo – ouvi muita coisa.

Pois é, voltando ao meu chapa: na casa dele a gente ouvia coisas (do pai dele) tipo Going to California do Led Zeppelin, Highway Star do Deep Purple e Electric Funeral do cavernosamente mega-blaster-el más pesado Black Sabbath.

A gente tinha uma rádio pirata, rolava um som, o sinal ia até que longe...

E além desses sons aí em cima a gente tocava os nossos discos, tocava Nuclear Assault, Iron Maiden, Suicidal Tendencies, Metallica, Testament, Megadeth, D.R.I, Infectious Grooves...

E a gente escutando enquanto o pai dele enxugava uma vodka que geralmente ficava guardada à temperaturas tipo freaking cold num freezer horizontal na área de serviço.











Very surreal.


Quando ouvi o Paranoid pela primeira vez, minha cabeça rachou. Lembro dele sacar um vinilzão com uma capa que era tipo o Raul Seixas com uma espada na mão.

E eu tipo: ” Que p#@% é essa?!”

E ele: “Mano, escuta isso!!”...e pôs a agulha pra riscar.

Era pesado, muito pesado. E psicodélico, claustrofóbico, meio maligno, mas ao mesmo tempo libertador. E pra meu espírito adolescente, era tudo que eu estava esperando.

E terapêutico também. Sério.

Saca quando você volta pra casa no fim de um dia de trampo tipo “kid foguete no matadouro”?*

Então. Sabbath nessas horas é a única coisa que salva minha vida. E eu sei que vai salvar sempre.

Por isso é um clássico: porque salva vidas.









*Trata-se de um conto do velho safado, do velho Buk, ou, pra vc que ainda não se ligou, Charles Bukowski.


2 comentários:

  1. É... o mais engraçado é o ciclo como essas coisas acontecem. É uma rede de interligações que acaba afetado pessoas que você nem imagina. Esse freak (como se auto intitula), é meu tio. E como ele disse, você ouve o que seus irmãos, primos e tios ouvem. Eu, como sou filho único, o mais próximo de um irmão que eu tive foi esse cara.
    E eu sempre acompanhei quase tudo que ele ouvia. O resultado disso foi timings bizarros na minha vida, tipo... ouvir Bob Marley com 6 ou 7 anos de idade. Xuxa o caralho, põe The Wall aí.
    E nessa época que ele descreve, eu também tomei conhecimento do Paranoid. Exatamente por influencia dele e seus amigos freaks, que também eram meus amigos.
    No fim das contas, tudo isso se refletiu positivamente na minha vida:

    1- Posso afirmar categoricamente que NUNCA ouvi Xuxa;

    2- Consegui criar um gosto e uma afinidade por música bem amadurecidos

    3- Foi divertido pra caralho!

    Abraço, Peri!

    ResponderExcluir
  2. OLÁ MEU CARO E CORDIALAMIGO SEGUIDOR DE UMA BANDAZINHA CHAMAD BLACK SABBATH.

    EU PARTICULARMENTE NÃO CONHEÇO ALGUEM QUE POSSA FALAR MELHOR DESTA BANDAZINHA FORMADA POR ALGUNS DEUSES DO MUNDO MUSICOLÓGICOORGASMATRONICO DO HEVYMETAL ANTIGO.

    EU "THE WORM" O BIGATO DOS ANOS 80 TIVE O PRAZER DE DIFUNDIR O SABBATH ENTRES MEUS LEGIONÁRIOS DA EPOCA DO METAL ALGUNS ASSIMILARAM MEU RECADO MUSICAL OUTROS NEM TANTO, MAS FICO FELIZ DE SABER QUE PASSARAN-SE OS ANUS PARA MIM E PARA OUTROS MAIS JOVIAIS APRECIADORES DO SABBATH, E CONTINUAM A IDOLATRAR O SOM DOS CARAS, É ISTO QUE ME CONFORTA A ALMA POIS NO DIA QUE DEIXAR DE EXISTIR COM CERTEZA VCS ESTÃO ESCUTANDO UMA MUSICA TOCANDO AOS PÉS DE UM MORIBUNDO EM SEU LEITO DE WOOD E SUA CAVE FRIA E UMIDA. BLACK SABBATH EM TODA SUA DISCOGRAFIA.

    VALEU MEU CARO AMIGO PERYCLEUSDIANOSABBATHONICO.

    EU
    SIMPLESMENTE
    BIGATO, ONDE REALMENTE ENCONTRAREI MEU LUGAR AO SOLO.

    ResponderExcluir